Thursday, February 12, 2015

Último dia em Cuba (e um breve resumo filosófico)

Acordamos em: Havana
Dormimos em: Havana

Sempre nosso último dia em alguma viagem é um pouco triste. Especialmente em Cuba, porque acabei voltando com mais indagações do que respostas (claro que eu vim para cá com muitas perguntas a serem respondidas… quem não viria?). Entendi que eles sofrem muito com a pobreza, mas como explicar a vitalidade e bom humor de praticamente todos os cubanos com quem conversamos? Entendi que o sistema político é altamente vigilante impedindo todos de exercer sua liberdade de pensamento e que há muitas críticas feitas pelos próprios cubanos, mas como explicar o brilho nos olhos de outros quando falam de Fidel Castro - e do Che Guevara, então? Entendi também que o salário mínimo é extremamente baixo e viver com ele é mais que um malabarismo (e olha que a gente acha o salário no Brasil baixo…), mas como explicar uma taxa de criminalidade baixíssima e a sensação de segurança que sentimos em todos os lugares que vamos? 

Cuba é um país de paradoxos. Enquanto sobram propagandas políticas em outdoors, grafitis e fachadas de prédios públicos faltam alimentos em quase todos os mercados e armazéns. Enquanto ninguém praticamente acessa a internet, a música e o convívio social parecem suplantar (e como!) a interação entre as pessoas. 
E é assim, infelizmente (ou felizmente) que vamos deixar Cuba. Sentiremos saudades daqui, ao mesmo tempo que já clamamos por tudo que o capitalismo pode trazer de bom - desde uma cama boa para dormir até um supermercado com produtos decentes para consumirmos. Queremos voltar a nos conectar a todo tipo de tecnologia, mas ao mesmo tempo vamos sentir falta dessa tranquilidade que para nós foi esquecida lá pelos anos 90… ou antes. 

E por mais que não tenhamos respostas concretas ao que estávamos buscando quando desembarcamos em Havana há alguns dias, uma coisa ficou mais do que clara: de um jeito ou de outro as pessoas aqui vão achando as saídas, os caminhos, vivendo e sobrevivendo. Por mais críticas que tenhamos a um sistema ditatorial que se considera socialista, Cuba vai muito além disso, e vir pra cá mostra que aqui não se trata apenas de uma disputa política entre direita e esquerda, capitalismo e socialismo, avanço e atraso. E é triste ver que, qualquer conversa que mencione Cuba irá necessariamente descambar para um discurso político carregado de julgamentos, ao invés de simplesmente despertar o interesse nas pessoas em vir para cá descobrir com seus próprios olhos o que é realmente esse país. 

Mas deixando de lado esse resumo filosófico, nosso último dia foi uma maratona a pé. Calculamos quase 10km caminhados durante o dia, dessa vez em Vedado e Malecón. 
Tomamos um café agradabilíssimo com uma família de dinamarqueses que também se hospedaram essa noite aqui também. Tinham feito o roteiro parecido com o nosso e a mãe já alertava a filha de uns 3 anos (que não parava de brincar com a Mari) que ao voltarem lá para Dinamarca ela não ia mais conseguir fazer o charme que ela obteve aqui com seus cabelos loiros quase brancos e olhos azuis que muito chamavam atenção. Uma coisa ruim para eles - em Cuba praticamente não se fala inglês e eles não conseguiram muito se comunicar com quase ninguém por aqui (a não ser aqueles que estavam no circuito turístico). Terminamos nosso café delicioso, nos despedimos e partimos para nossa grande caminhada. 


Café da Manhã

Por onde passamos hoje: 

Cemitério Colón (que decidimos não pagar para a visitação), Plaza de la Revolucion (que é onde Fidel se dirige aos milhões de cubanos todos os anos), biblioteca nacional (que não nos deixaram entrar - o que achei bizarro, por se tratar de uma biblioteca pública), museu postal (mais um dos inúmeros museus de Havana), Universidade de la Habana (especialmente no prédio do Direito em que quase conseguimos assistir a uma aula da pós graduação e vi que o currículo é praticamente idêntico ao nosso), Callejón de Hames, uma rua que é um reduto da Rumba e da Santería (indicação dos dinamarqueses, mas achamos um pouco turístico demais), Hotel Nacional (que junto com Habana Vieja também é patrimônio histórico da humanidade pela Unesco, e que também já perdeu todo seu glamour que um dia pareceu possuir) e por fim andamos por uma longa parte do Malecón jogando conversa fora. 
Cemitério Colón


Plaza de La Revolución

Volta às aulas: Universidade de La Habana

Santería e Rumba

Hotel Nacional

No meio disso tudo almoçamos em um restaurante bem gostoso (el presidente) que descobrimos perto de uma região de hospitais universitários. E depois disso tudo, fomos dar mais uma volta em Habana Vieja, compramos uns chocalhos de salsa e uns pins de souvenir e sentamos em mais um barzinho com salsa ao vivo para comer uma pizza e tomar um mojito. Toquei ainda um reggae com um cubano que me humilhou com sua voz de Bob Marley. 
Esperando o almoço


Fim do dia. Fim da nossa trip em Cuba.

Com isso vimos boa parte do que há para ver em Havana - porque se quiséssemos ver tudo o que há para ver em Havana (e nem queremos!), levaríamos acho que alguns meses… e olha que a cidade não é tão grande assim. 

Amanhã partimos cedo, pouco depois das 7 da manhã para o Panamá, onde vamos ficar mais 3 dias antes de voltarmos para o Brasil no finzinho do carnaval. 

Wednesday, February 11, 2015

La Habana

Acordamos em: Havana
Dormimos em: Havana 



Havana!


Parece que estamos viajando há mais de um mês. Tantas coisas que já vimos, e exatos 2.275km que rodamos com nosso carro faz com que pareça que a viagem tem sido mais longa do que realmente foi. 

Nossa Casa - Calle Amargura, 360

Hoje foi um dos dias “produtivos" da viagem. Acordamos atrasados para nosso café da manhã, que estava marcado para as 8h00. Bem gostoso até, tivemos a chance de finalmente conhecer Carmen e Ariel, os anfitriões (ontem quem nos recebeu foi a prima Estela). Ariel muito simpático nos deu algumas dicas e sugestões. Como por exemplo, como proceder com os táxis que não possuem taxímetro e costumam cobrar preços exorbitantes de turistas (na verdade não são exorbitantes, o que acontece é que os preços normais é que são baixos). 

Nossa Casa - La Ventilada

O que parece registro de casamento na verdade é um registro obrigatório que todo "alquilador" deve possuir e prestar contas para controle do governo.

Nossa rua - Amargura

Fomos andar em Habana Vieja. Esse bairro de Havana possui inúmeros pontos interessantes em lugares que pode-se chegar apenas a pé. A primeira coisa que se nota já de cara (que não percebemos tanto ontem porque estávamos um pouco assustados com a rua em que iríamos ficar) é a arquitetura antiquíssima e trabalhada em todos os pequenos detalhes. 

Nossa Rua

Típico armazem cubano: muito espaço e pouco produto

Primário Cubano

As casas e construções, todas com mais de um andar, são do século 18 e 19 em sua maioria. E são muitas. Em cada canto de Habana Vieja a gente descobre um museu diferente - fomos no do chocolate, no de ciências médicas, no de fotos da cidade, no da ásia, no do tabaco, no da revolução no dos CDRs (Comitês de la Defensa de la Revolución), no de Bellas Artes, no da maquete da cidade. São tantos, espalhados em um bairro relativamente pequeno que faz com que Havana pareça uma espécie de Sin City 2000 em que cada lugar tem uma coisa diferente. Isso sem falar nas igrejas, nos cafés, nos bares, nos restaurantes, nas praças, nas estátuas. 


Museu da Revolução

Rincón de los Cretinos: Fulgêncio Batista, Reagan, Bush Pai e Bush Filho.

Ufa, pausa pro almoço, que acabou ficando pra depois das 2 da tarde, porque não queríamos perder o fio da meada da caminhada (o churros que comemos também ajudou a enganar a fome). Comemos lagosta e camarões no La Imprenta, por mais ou menos 50 reais pra nós dois, incluindo sobremesa e bebida. 

La Imprenta

Batemos pé mais um pouco até a plaza vieja e logo depois paramos para uma dormidinha rápida. 
Fomos até o Capitólio que estava fechado para reforma. Aproveitamos e não resistimos fazer um city tour com um dos carrões americanos da década de 50. Valeu a pena, apesar de o preço um pouco salgado (vale mais do que a lagosta e os camarões). Passamos no que faltava pra vermos na cidade: cemitério Colón, Bosque de Havana, Jardim Botánico, Hotel Nacional. 

Poucos sabem, mas o Pharrell Williams é também motorista em Cuba.

Mas o que foi absolutamente icônico foi estarmos no pôr do sol no Malecón de Havana com um antigo carro enorme e rosa de 1957. Isso não tem preço. 

Por do Sol no Malecón. Tem preço?

Zueira, tem sim. 30 CUCs.

Fazendo um tipo.

Fazendo um tipo (2)

Voltamos pra casa, e fomos jantar no mesmo restaurante de ontem. Antes que você leitor apressado se pergunte por que raios repetimos o restaurante, a razão é que estávamos sem fome e lá é um dos poucos lugares de Cuba (sim, de Cuba inteira) que tem uma pizza leve e decente. Ajudei um pouco a turma da salsa nos chocalhos e tivemos um “garota de ipanema” oferecida para nós. 


Beto Salsari e sua Banda.

Europa?

No caminho de volta, minha perna simplesmente desapareceu pra dentro de uma fonte que estava escondida no meio da rua. Espatifei no chão junto com câmera, mochila e minha dignidade. Vergonha. 

Queríamos ir pruma salsa ainda, mas parece que vai ficar pra próxima!


abs!

Tuesday, February 10, 2015

Varadero e "La Habana"

Acordamos em: Varadero
Dormimos em: Havana

Último dia de Varadero, e já conhecemos a praia, a cidade, a marina. Quando você já fez o “turistão obrigatório” não resta muito além de relaxar. Dormimos até um pouco mais tarde, e lá pelas 9h estávamos indo para a praia. Ficamos só uma horinha, e voltamos para aproveitar a internet do hotel para postar os dias antigos no nesse blog. 

Foi quando passamos um pouco de medo. Descobrimos que em poucas horas nossa postagem de Havana já havia 10 comentários de pessoas desconhecidas. E mais do que isso, havia, só hoje, 16 acessos dos EUA (algum amigo, será?) e o pior, 16 acessos aqui de Cuba. A gente não poderia ser, porque nem internet temos. Quem será que leu aqui de Cuba algumas vezes o que estamos escrevendo? Pois é. Pensamos a mesma coisa que você amiguinho. Apesar de estarmos sendo bem imparciais com o conteúdo do blog, estamos retratando com um pouco de opinião o que é Cuba aos nossos olhos. E naturalmente, acabamos escrevendo algumas críticas a esse país (e lógico, muitos elogios também). 

Fidel está de olho!

Não sei o quanto podemos estar sendo “vigiados”, mas ao lembrar a história da blogueira Yoani Sanchez que foi impedida de sair daqui de cuba, já nos deu calafrios. Enfim, rapidamente bloqueamos o blog e esperamos que nada aconteça. O plano é postar todos os outros dias só lá no Panamá. Não sabemos até que ponto falar sobre o país aqui é permitido… Fizemos até planos para o que fazer se formos presos hahaha (não vai ser engraçado se isso realmente acontecer). 

Podiamos acabar aqui!

Voltando pra Varadero. Almoçamos de novo no Kike Kcho e demos uma rápida dormidinha no carro antes de partirmos para Havana. Isso já era pouco mais de 4 da tarde. Chegamos 5h30, viemos para nossa casa de alquiler (Ariel e Carmen) que é bem ajeitada. Deixamos as malas e fomos devolver o nosso amigo Rex (nosso carro) lá no Malecon (avenida principal). Voltamos para nossa casa, que fica em Habana Vieja, a impressão não foi muito boa. Na verdade nunca gostamos de chegar à noite nos lugares porque sempre parece pior do que realmente é. Habana Vieja tem ruas muito estreitas, casas de vários andares (e que são divididas como cortiços) e quase nenhuma iluminação. Cenário perfeito para aterrorizar o turista medroso.

Kike Kcho, na marina


Ainda assim, todos insistem com a segurança daqui. Decidimos tentar a sorte e fomos para a caminhada da morte. Mas nada aconteceu. Pelo contrário, descobrimos que Habana Vieja é MUITO legal à noite. Lembram o que falamos de Trinidad e seus infinitos grupos de salsa? Pois aqui em Habana pode multiplicar várias vezes. 

Parte "iluminada" de Habana Vieja
Paramos em um restaurante italiano indicado pelo Lonely - e sim, lá havia um grupo de salsa também - e comemos pratos tão bons quanto o atendimento. Voltamos cedo para amanhã começarmos a explorar Habana con nuestros pies.

La Dominica


Hasta luego!

Monday, February 9, 2015

Varadero

Acordamos em: Varadero
Dormimos em: Varadero

Varadero

Justiça seja feita. Algumas coisas precisamos aprender com os Cubanos. Quando estávamos em Viñales, vários funcionários públicos entravam em todas as lojas e casas da cidade com máquinas de detetização que faziam muita fumaça e muito barulho. Curiosos que somos, perguntamos e descobrimos que haviam encontrado um único foco de dengue perto da cidade. Estavam, portanto, prevenindo mesmo. Hoje descobri que Catanduva está vivendo um caos com a epidemia de dengue e quase não se vê ação e mobilização de ninguém que seja… 

Não sei porque falei disso, mas vamos ao dia de hoje.

Mais um paraíso!

Hoje é o dia de explorar Varadero. Acordamos cedo e já partimos para a praia. Achamos um pouco feia (comparado com o que havíamos visto em Cayo Santa Maria), mas descobrimos que estávamos localizados em uma parte não tão bonita. Comprovamos essa teoria depois de caminharmos bastante e chegarmos a partes paradisíacas também (se bem que ainda fico com Cayo Santa Maria). Passamos a manhã toda na praia e depois fomos almoçar e conhecer o centro da cidade. Comemos em um restaurante extremamente barato e farto. 


O centrinho de Varadero é gostoso, com muitos restaurantes, mas se você quer uma experiência turística perfeita, o lugar ideal é na Marina Gaviota, do Meliá (perto de onde estamos hospedados). Um gigantesco investimento em dezenas de restaurantes, supermercado, farmácia, lojas, sorveterias, chocolateria, uma “casa de la música” e uma casa de jazz e até pistas de boliche. Tudo isso novinho em folha (inaugurado há meros 5 meses) e muito bem construído. É uma espécie de Darlin Harbour de Sydney (veja o post aqui) ou de um Victoria & Alfred Waterfront de Cape Town (post aqui) em miniatura. Excelente, excelente. Pena que ainda não tenha quase nenhum turista. 


Varadero

Demos uma checada na praia na parte do centro da cidade (a península de varadero é gigante, com uns 20km de praia).

Arenas Blancas, Varadero

A noite, fomos no novíssimo restaurante mexicano na marina e filamos um show de rock que acontecia no hotel ao lado. Fomos dormir cansados, mas felizes!

Marina Gaviota, Varadero

Marina Gaviota


abs!

Sunday, February 8, 2015

Mergulho em Playa Girón (baía dos porcos)

Acordamos em: Playa Girón / Baia dos Porcos
Dormimos em: Varadero


O check in do mergulho foi cedo, logo as 8h00. Tomamos um café no horrível e decadente restaurante do hotel all inclusive de Playa Girón. Mas deixa eu contar um pouco mais do contexto desse hotel antes… 

Local do Mergulho. Paraíso ou não?

Aqui em Cuba, após a revolução, decidiu-se que boa parte dos serviços e produtos deveriam ser nacionalizados. Não apenas nacionalizados, mas também estatizados, ou seja, o governo Cubano (tanto a União como os Municípios) deveria ser dono de quase tudo. Dessa forma, não seria permitido a cobrança de preços abusivos nem o lucro exorbitante. 

Mergulhando...

E é verdade. A pizzaria que almoçamos em Santa Clara é do município. A empresa de celular e da internet-que-quase-nunca-funciona (ETECSA e Cubacel) são do governo “federal”. Todas as locadoras de carro (REX e Cubacar) e postos de gasolina também são. Os mercadinhos. Escolas. Hospitais. Restaurantes.

Foto pra National Geographic, heim?!

E isso traz o lado bom e o lado ruim. A gasolina, não importa a localização, tem sempre o mesmo preço (1.3 CUCs). Para nós turistas, isso é excelente. O carro alugado, não importa a cidade e a demanda, também tem preço tabelado. Como a internet (4.5 por hora) e o celular (6 por dia). 

Mari Exploradora!

E um dos setores que o governo apostou muitas fichas foi no turismo (e não é pra menos, Cuba é um país espetacular). Então, em todo lugar por que passamos sempre vemos um hotel “Gaviota" ou “Cubanacan”. De novo, os preços são tabelados e não existe a famosa “tarifa balcão”, que é a extorsão  institucionalizada do turista de última hora (sofremos muito com isso quando ficamos nos hotéis estrangeiros aqui).

Um dos canyons em Playa Girón

Mas, e tudo tem um mas, tudo que o governo controla é ruim ou, no máximo, mediano. Não apenas por nossa experiência aqui, mas conversando com os caroneiros, eles confirmaram o que estávamos observando. E especialmente os hotéis, que são cafonas, sujos e decadentes e com quase tudo precisando de reparos. Alguns estão desativados (como o de Playa Larga), ostentando resquícios de uma opulência que hoje já não faz mais nenhum sentido. Acho que toda cidade tem suas praças e parques cafonas que já estão fora de moda. Pois é, praticamente toda Cuba é assim.



OK!

E é exatamente assim o hotel em que tomamos nosso café da manhã hoje. E isso explica porque decidimos não aproveitar o all inclusive e irmos almoçar e jantar no restaurante do pueblo, na casa da Emilia (uma casa de alquiler/restaurante). 

Fim do Mergulho!

Terminamos o café, pegamos as tralhas de mergulho e partimos para o ponto de mergulho. Ao contrário do que imaginávamos, havia muito gringo mergulhando junto. E, como todo bom gringo, eles tinham todos os mega equipamentos de mergulho profissionais o que nos intimidou já de cara. Os dois mergulhos foram bons, mas cheio de águas vivas do mal. Vimos uma moreia enorme nadando em volta de um navio afundado. Olha só como terminou a brincadeira.

Ferimentos de guerra!

Terminamos perto do meio dia o mergulho e viemos para Varadero em uma viagem de mais ou menos duas horas e meia depois de almoçar de novo na Emília. Ah, detalhe, tinha uma galera de Varadero em excursão para mergulhar em Playa Girón, pagando o dobro do que a gente pagou (toma, gringos!). Demos uma paradinha em Playa Larga no caminho para conhecer, mas não vimos nada de muito interessante além do nosso cão amigo.

Cão Amigo

Cão Amigo (2)


Uma das cidades no caminho para Varadero.


Varadero foi um problema que estava totalmente fora dos nossos planos. Na verdade foram dois problemas - um deles é que estou escrevendo esse blog enquanto chove lá fora… na torcida para amanhã melhorar. 

O outro problema é que, apesar de a cidade/península ter mais de 60 hotéis e milhares de quartos, nenhum parecia estar disponível pra gente. Chegamos pouco antes das 5, e os setores de reserva já estavam todos fechados. E isso somado com a má vontade de praticamente todos os funcionários em nos ajudar (o que notamos ser bem diferente com o Brasil, em que falta só te carregarem no colo nos hotéis). Para se ter uma ideia, briguei com o segurança que não deixou nem a gente ir na recepção perguntar se havia disponibilidade. Enfim, foi bem tenso. 

Acabamos ficando talvez na melhor escolha possível. Não é um all inclusive (como todos aqui parecem ser) mas é com certeza o hotel mais novo daqui. São apartamentos studios do Meliá, que são gigantes, modernos e bem diferente de tudo que a gente viu em Cuba. E o melhor. Metade do preço dos all inclusive, e colado em uma área de lojas e restaurantes em volta de uma marina MUITO legal. 

Sala do nosso apartamento em Varadero.


Quando nos ajeitamos por aqui, já era noite e não deu para ver a praia de Varadero. Mas fomos em um restaurante excelente (kike kacho) com o melhor atendimento até agora. Como só vamos ficar o dia amanhã aqui, estamos já fazendo uns pactos com São Pedro pra que a gente não perca essa parte da viagem e que a chuva alivie amanhã.

Até